PREFEITURA ALERTA: Leishmaniose pode ser transmitida aos humanos e levar à morte
Publicado em: 19/02/2020
Transmissão é feita pela picada de um mosquito que se alimenta de sangue.
Produtos repelentes são algumas das opções de prevenção.
A Prefeitura de Açailândia, por meio da Secretária Municipal de Saúde e a Unidade de Vigilância Zoonoses do município, deu início à realização dos testes rápidos para diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina. Os agentes estão fazendo os trabalhos em diferentes bairros da cidade. Além de que os agentes de Endemias estão realizando o censo canino nos cinco bairros prioritários: Vila Ildemar, Residencial Tropical, Centro, Jacu e Vila Bom Jardim, que apresentaram maior incidência de casos em humanos e caninos.
Nesse trabalho de campo, a equipe de Agentes de Combate às Endemias visita os bairros, informando aos moradores que possuem cães, sobre a necessidade da coleta de sangue para diagnóstico da Leishmaniose, e também orienta a população sobre prevenção e manejo ambiental.
Considerada uma zoonose, isto é, que pode ser transmitida entre animais e seres humanos, a leishmaniose é causada por protozoários e, em casos mais graves, acaba levando, inclusive, à morte. A doença pode se manifestar de duas maneiras: visceral e tegumentar (ou cutânea). A primeira forma atinge os rins, o fígado, a medula e o baço, enquanto que o segundo tipo, como o próprio nome diz, acomete a pele.
A transmissão, explica o diretor da UVZ, Clediomar (MINEIRO), se dá por meio da picada do mosquito-palha, que se alimentou do sangue de um animal contaminado. Uma vez contaminado, o animal de estimação pode sofrer perda de apetite, inatividade, emagrecimento, fraqueza, perda de massa muscular, vômito, diarréia, descamações na pele, pêlos quebradiços, feridas, conhecidas como úlceras muco cutâneas, e crescimento exagerado das unhas. Outros sintomas mais técnicos podem ser detectados somente por um especialista.
Os seres humanos infectados apresentam febre prolongada, perda de peso, falta de apetite e aumento do fígado e do baço. Quando não tratada a tempo em pacientes portadores de doenças crônicas, a leishmaniose visceral registra um alto índice de mortalidade.
O tratamento de cães não e uma medida recomendada, pois não diminui a importância do cão como reservatório do parasito. As tentativas de tratamento da leishmaniose visceral canina, por meio de drogas tradicionalmente empregadas (antimoniato de meglumina, anfotericina B, isotionato de pentamidina, alopurinol, cetoconazol, fluconazol, miconazol, itraconazol), tem tido baixa eficácia. O uso rotineiro de drogas em cães induz a remissão temporária dos sinais clínicos, não previne a ocorrência de recidivas, tem efeito limitado na infectividade de flebotomineos e levam ao risco de selecionar parasitos resistentes as drogas utilizadas para o tratamento humano.
Tratamento: polêmica antiga
Apesar de permitido em vários países do mundo, o tratamento para a leishmaniose visceral em cães ainda é uma discussão antiga e que provoca polêmicas no Brasil. Os medicamentos específicos para a doença podem ser utilizados em pessoas infectadas, mas são proibidos aos bichinhos.
Ao invés de apelar para o sacrifício, os donos de animais doentes têm o direito de tratá-los, mas, segundo uma portaria do Ministério da Saúde e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, nunca com medicamentos de uso humano ou com produtos importados, que não estão registrados.
O melhor remédio é a prevenção
Outra opção na hora de se prevenir são os produtos com ação repelente contra o mosquito. São itens pour-on, aqueles que são colocados diretamente na pele do animal, e coleiras específicas. Cada um com duração e custos bem diferenciados, além de comprovada eficácia.
Vale lembrar que, mesmo quando tratados, os humanos obtêm a cura enquanto OS ANIMAIS NÃO TÊM CURA permanecem portadores da leishmaniose e, desta forma, ainda funcionam como fontes de contaminação.
ASCOM - PMA
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